sexta-feira, 18 de junho de 2010

Foi algo que senti (...)

Só penso que tu não me conheces, nem nunca conheceste, apenas foi um namoro - para ti - tão simples quanto os outros todos que já alguma vez tiveste na tua vida. Infelizmente - para mim - uma ilusão, uma expectativa que tu conseguiste quebrar aos poucos, desmontar como se fosse uma construção de LEGOS. Mas eu já o devia esperar, a ilusão gera esperança, a esperança gera desilusão e por sua vez a desilusão gera sofrimento, mas quem sou eu para falar em sofrimento? Sofrimento desse apenas senti e vi uma pequena parte da que há no mundo e talvez, o mais provável mesmo, é que tenha sentido e visto uma pequena parte do que é o sofrimento. O cruel sofrimento, o verdadeiro sofrimento, esse nunca o senti! Num dia estamos felizes, mas no outro olhamos para nós mesmos e pensamos « Era isto que eu queria de mim?», no fundo penso que sou um projecto de alguém que será de CERTEZA alguém no futuro, mas quem sou eu agora? Quem serei no futuro? Quem fui no passado?
Acredites ou não, eu vou ultrapassar isto e eu sei que um dia vou recordar os momentos que vivemos, aqueles de amigos, de namorados, mas só os bons, porque os maus, esses não os vou guardar, vou apunhala-los e deita-los fora, não servem de nada, se não apenas de carta para o sofrimento, para a dor. Talvez um dia, te possa ligar a dizer que sou feliz e que tenho uma vida e que no fundo já sei algo do que fui, do que serei naquele momento e do que serei mais tarde. Quem sabe se isto não será apenas uma parte do que possa fazer. Mas por agora limito-me a pequenos pensamentos, a pequenas perguntas, colocadas de mim para mim, da consciência para o meu ser, mas às quais ainda não tenho uma resposta concreta, uma resposta empírica, uma resposta clara e das quais ainda procuro vagamente no bocado insignificante - mas significante para mim - da vida que conheço. Essa encruzilhada, a que damos o nome de vida, não passa de isso mesmo, uma encruzilhada de bons e maus momentos, de más e boas experiências, de bons e maus pensamentos, de tudo de bom e mau, por vezes estamos no lugar bom, mas no dia seguinte já estamos a provar o doce amargo que ela nos oferece do lado mau que nela existe. Pretende com isso, fazer-nos aprender e compreender um pouco mais dela, mas no fundo quando deixa-mos de a sentir e abandonamos o mundo, sabemos que tudo o que sabíamos dela era uma ínfima parte do que ela tem, isto sim é a vida como a conheço até agora. Um dia mais tarde serei capaz de reler isto e reviver algo bom e algo de que tenha saudade, mas por hoje sinto apenas uma picada no pensamento e no músculo que o activa. Um dia serei capaz de tudo. UM DIA !

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